As pessoas que nasceram depois dos anos 2000 nem conseguem imaginar como era um mundo sem acesso à internet, sem mensagens instantâneas e, inclusive, sem a praticidade proporcionada pelas plataformas de streaming, que nos permitem ver séries, filmes e diversos conteúdos, além, é claro, de ouvir músicas e podcasts a qualquer momento.
Agora, quando todas essas facilidades estão literalmente em nossas mãos, já que é só instalar alguns aplicativos no celular para ter acesso a qualquer conteúdo, acabamos nos esquecendo de que nem sempre as coisas foram tão simples.
Se você gosta de saber como alguns serviços surgiram, e têm uma curiosidade especial a respeito de temas relacionados à tecnologia e à internet, vai gostar de acompanhar a nossa retrospectiva pela história do streaming.
Streaming: o que é, afinal?
Antes de qualquer coisa, é importante entender que o termo “streaming” vem do inglês, e faz uma referência à transmissão de um grande fluxo de conteúdo digital, seja por vídeo ou áudio. Diferentemente dos primórdios da internet discada, quando precisávamos baixar uma música para, só então, ouvi-la, o streaming dispensa o download do arquivo, o que significa que você não precisa se preocupar com a memória disponível em seu computador ou celular para maratonar “De Férias com o Ex” no fim de semana.
O streaming funciona com a ajuda de um armazenamento temporário, chamado de buffer, que transmite ao aparelho os dados no exato momento em que eles são recebidos. Existem dois tipos de streaming:
- Streaming on demand: Os assinantes da Watch Brasil têm acesso ao streaming on demand, sabia? Isso significa que eles podem ver filmes, séries e programas de entretenimento ao acessar a nossa plataforma, a qualquer hora do dia, com apenas um clique.
- Live streaming: Esse tipo de streaming é aquele que você conhece bem, e é muito comum nas redes sociais, em especial no Instagram e no Facebook. Aquela live que seu cantor favorito fez para interagir com os fãs e dar uma palhinha das músicas do novo álbum, por exemplo, se encaixa nessa categoria. A live streaming é parecida com a entrada ao vivo, comum em telejornais. O mesmo método é usado por rádios online e reuniões de videoconferência. Graças ao live streaming, tivemos aulas, formaturas e até casamentos transmitidos ao vivo durante o período de distanciamento social.
Como o streaming evoluiu
Para que a qualidade do streaming chegasse ao ponto onde está hoje, foi preciso muito trabalho e muita evolução, em termos de tecnologia. A primeira vez que uma empresa decidiu fazer uma transmissão por streaming foi no começo dos anos de 1990.
Na ocasião, a Progressive Networks, que inventou o Real Audio, fez uma transmissão bem simples, ainda em mono, e com arquivos muito reduzidos. Isso diminuía o peso do material e, como dá para deduzir, comprometia também a qualidade do áudio, mas era a única maneira de fazer com que os usuários ouvissem o som sem acabar com o limite de transferência da banda.
Outro marco importante do streaming foi em 1995, quando, pela primeira vez na História, um jogo de baseball foi totalmente transmitido pela internet, em tempo real. A novidade era, obviamente, assunto da imprensa na época, tanto que o jornal Seattle Times se referiu ao evento como “O dia em que um torcedor ouvirá um jogo ao vivo de qualquer lugar do mundo, através de um computador pessoal, está chegando. Será na próxima terça-feira”.
E, de fato, em setembro daquele ano o embate entre o New York Yankees e o Seattle Mariners foi transmitido online, em tempo real, para qualquer pessoa do mundo que tivesse acesso à internet. Foi um marco histórico!
A partir de então, a transmissão de rádio pelo computador se popularizou e, em questão de dias, o software que permitia ouvir as transmissões pela internet foi baixado por mais de 300 mil usuários.
No Brasil, o grande marco da transmissão online ocorreu no dia 14 de dezembro de 1996, quando o cantor Gilberto Gil e seus músicos performaram a música “Pela Internet”, em uma instalação feita no escritório da Embratel, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que uma música foi transmitida ao vivo e online aqui em nosso país.
Por trás da apresentação do cantor baiano, teve muita preparação técnica e muito esforço midiático. A transmissão foi um projeto feito em parceria pela Embratel, pela IBM e pelo jornal O Globo, e contou com uma grande preparação técnica, deixando o local com uma quantidade enorme de fios e cabos. Detalhe: tudo isso foi feito em uma época na qual não havia Wi-Fi.
A partir do final da década de 1990, as empresas de tecnologia já desenvolviam e divulgavam seus próprios serviços de streaming. A Apple lançou o Quick Time; a Microsoft apresentou o Windows Media Player ao público; e a Progressive Networks desenvolveu o Real Video (responsável pela transmissão do jogo de baseball que citamos mais acima). Nessa época, era preciso fazer o download desses softwares nos dispositivos compatíveis.
Ainda que a novidade fosse muito atraente, vale lembrar que a qualidade dos materiais consumidos, especialmente em vídeo, era muito baixa. As imagens de um clipe musical facilmente ficavam pixeladas ou travavam, como se fossem GIFs animados.
A partir de então, novos formatos de arquivos foram desenvolvidos para que os conteúdos pudessem chegar com mais qualidade aos usuários. Surgiram, então, os famosos MP3, MP4, MOV e AAC, que hoje têm uma resolução de qualidade superior à de um filme em DVD.
O streaming caiu nas graças dos usuários, ainda mais depois que a banda larga se tornou um serviço mais acessível e popular. Além de possibilitar que as pessoas usassem a internet em qualquer horário do dia, a velocidade da conexão também melhorou bastante.
Hoje, temos o feliz casamento entre uma internet de qualidade extremamente superior e serviços de streaming, como a Watch Brasil, que nos permitem consumir conteúdos variados, a qualquer momento do dia, com definições irretocáveis de imagem e áudio.
Na Watch Brasil, por exemplo, os assinantes têm acesso a canais lineares e a um grande catálogo de filmes, séries, documentários e reality shows. Ter acompanhado a evolução da internet pode ter sido interessante para quem viveu essa era da tecnologia, mas estar no momento atual é, sem dúvidas, um privilégio que só uma parcela minúscula da humanidade pode dizer que teve — você, inclusive! Aproveite!